segunda-feira, 12 de março de 2007

Idade Média (resumo)

Segunda-feira, 12 de Março de 2007

Idade Média ( RESUMO )



A Idade Média, ou Idade Medieval, foi um período que durou aproximadamente 1000 anos. Inicia-se em 476 (ano da queda do Império Romano do ocidente) e estende-se até 1453 (queda do Império Romano do oriente pela tomada de Constantinopla pelos turcos). Esse período costuma ser dividido em dois: a Alta Idade Média (cinco primeiros séculos) e Baixa Idade Média (os outros cinco séculos).

A maioria da população era camponesa e vivia em condições de grande pobreza, dominada pelos proprietários de terra. A economia agrária produzia poucos excedentes. As cidades tiveram pouca importância nesse período, já que com a crise econômica e as invasões bárbaras (causas do fim do Império Romano do ocidente) muitos senhores romanos abandonaram as cidades e foram morar em suas propriedades nos campos. Essas propriedades, conhecidas como vilas, deram origem aos feudos medievais.

Um fato importante que marcou esse período foi a mudança na forma de trabalho: na Antigüidade era a escravidão, passando a ser substituída pela servidão. Neste caso, o servo não é propriedade do senhor. O servo tem inúmeras obrigações e impostos a pagar a seu senhor, porém este lhe deve dar proteção.


No sistema feudal, o rei concedia terras a grandes senhores. Estes, por sua vez, davam terras a outros senhores menos poderosos, chamados cavaleiros, que, em troca, lutavam a seu favor. Quem concedia a terra era um suserano, e quem recebia era um vassalo. O vassalo, ao receber a terra, jurava fidelidade a seu senhor.

A sociedade feudal era dividida em estamentos. Nos estamentos, a posição social do indivíduo é determinada pelo seu nascimento. Ou seja, se nascesse camponês, continuaria sendo camponês pelo resto da vida, não havendo possibilidade alguma de ascenção social. Asssim, seus filhos e netos também seriam camponeses. Havia basicamente dois estamentos: o dos senhores e o dos servos.

O senhor tinha a posse legal da terra, o poder político, militar, jurídico e religioso (quando era um padre, bispo ou abade). Os servos não tinham propriedade da terra e estavam presos a ela. Não podiam ser vendidos como se faziam com os escravos, nem tinham liberdade para abandonar a terra onde nasceram.

Essa organização da sociedade estamental era justificada pelo clero da seguinte maneira:

"O próprio Deus quis que entre os homens alguns fossem senhores e outros servos, de modo que os senhores venerem e amem a Deus, e que os servos amem e venerem o seu senhor, seguindo a palavra do apóstolo: 'Servos, obedecei a vossos senhores temporais com temor e apreensão; senhores, tratai vossos servos de acordo com a justiça e a eqüidade' ".

O feudo

O feudo era o domínio do senhor feudal. Cada feudo compreendia uma ou mais aldeias, as terras cultivadas pelos camponeses, as florestas e as pastagens comuns, a terra pertencente à igreja paroquial e a casa senhorial, que ficava na melhor terra cultivável. Pastos, prados e bosques eram usados em comum. A terra arável era dividida em duas: uma, em geral a terça parte do todo, pertencia ao senhor; a outra parte ficava em poder dos camponeses. Nos campos dos feudos plantavam-se principalmente cereais (cevada, trigo, centeio e aveia). Cultivavam-se também favas, ervilhas e videiras. Os utensílios da lavoura eram rudimentares. Eram usados arado ou charrua, enxada, a pá, a foice, a grade e o podão. Nos feudos criavam-se carneiros, que forneciam lã; bovinos que forneciam leite; e cavalos, para a guerra e para o transporte.

O declínio do sistema feudal

O fator que mais contribuiu para o declínio do feudalismo foi o ressurgimento das cidades e do comércio. Assim, os camponeses passaram a vender mais produtos e conseguir mais dinheiro. Com esse dinheiro, alguns puderam comprar sua liberdade. Outros simplesmente fugiram para as cidades em busca de melhores condições de vida. O aparecimento das monarquias nacionais, principalmente na França e Inglaterra foi outro fator decisivo, pois os reis desses países conseguiram diminuir cada vez mais o poder dos nobres.

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